Fonte: Freepic
Por Diego França
Diz-se do amor sentimento de afeto que se tem por alguém do mesmo sangue, por um laço que se cria no convívio social, por admiração que acontece gradativamente. É possível falar sobre o amor, mas acredito que não há quem tenha aprendido a explica-lo ao pé da letra. Eu, pelo menos, ainda não consegui. Mas por sentir e ser abençoado por esse sentimento eu aprendi uma coisa: o amor é para todos.
Embora estejamos caminhando na conquista por nossos direitos e por nosso espaço na sociedade, ainda há muito a ser feito. E uma das conquistas mais felizes e bonitas da classe LGBTQ+ é o direito de casar, de ter uma festa no estilo desejado; o direito de formar uma família, de sermos comuns na sociedade da qual fazemos parte. Não estamos aqui de passagem, não viemos para chocar, viemos para viver tudo o que temos direito. Viemos aqui não para fingir ser o que somos, viemos aqui para SER. E o ser envolve o direito de sentir em paz, de querer em paz, e de TER em paz.
Temos nossos direitos e casar é um deles. Queremos luzes bonitas, decorações impecáveis, amigos e familiares presentes, local agradável e muitas vezes incomuns. Queremos a novidade, a tradição. A cor branca na roupa, o paletó, a gravata. Alguns querem o buquê de rosas, outros apenas chegar ao altar de mãos dadas. Queremos a trilha sonora para marcar nossa vida. E nós queremos tudo isso porque temos um olhar apaixonado pelas coisas e pela vida. Nós somos seres humanos e de nós não foram extraídos o coração e todas as partes que afirmam isso.
E se ainda temos tudo o que qualquer ser humanos tem – um corpo, uma alma, coração batendo, sangue correndo nas veias – temos também nossos desejos. E são desejos que vem da alma, que vem de dentro de um lugar tão profundo e muitas vezes carente de compreensão. Mas é de lá também que encontramos forças para bater o pé e dizer: o amor é para mim sim. E eu também quero casar.